A noite cai em uma movimentada cidade, as pessoas passam pela rua apresadas, algumas indo pra festas, outas indo ou saindo do trabalho, as luzes dos letreiros e dos postes iluminavam todos imersos nesse caótico mundo da humanidade, acima deles, entretanto, voava solitário pelo céu sem estrelas, cujo as pessoas nem se davam mais o trabalho de olhar, um anjo de majestosas asas negras,com longos cabelos loiros e olhos vermelho-vivos, usando apenas trajes sujos e rasgados. Ele procurava ansiosamente por um local de descanso. Logo a frente, uma mulher de curtos cabelos negros com mechas californianas vermelhas, olhos violetas e belas asas de shinigami negras está equilibrada em um pé em uma antena de Tv, olhando ao seu redor como se fosse uma águia a procura de uma nova presa. A mesma aparentava um grande mal humor. Sua boca retorcida em raiva, soltava silenciosos palavrões e maldições.
O anjo olha feliz pra cobertura do prédio onde a mulher estava, era bem confortável, e tinha uma área de piscina, ele logo começou a andar na direção do prédio sem notar a outra, apenas se concentrando e imaginando uma das raras noites de sono confortáveis que ele tinha. Ela nota a presença do anjo, o olhando atentamente, seguindo seus movimentos em direção à ela. Ela suspira materializando uma espada de cabo dourado em suas mãos e sussurando:
- Será que não tenho paz com esses anjos negros?...
Assim que ele nota o brilho da espada surgindo, fica atento, olhando pra mulher com incerteza e dúvida, mas ainda se aproximando com certa cautela e se preparando para lutar.
- Eu acabei de escapar pro mundo humano... Será que já me acharam?
Ela nota a incerteza do mesmo, se preparando para atacar, apenas esperando a hora certa para isso.
- Malditos anjos negros...
Apesar da tensão ele começa a analisar a possível assassina, reparando também nas curvas do corpo dela, e na aparencia do rosto, sacando uma foice e se preparando pra lutar caso necessário.
- Até que ela é bem bonita...
Ela nota a foice, rosnando se teleportando atrás dele, levantando a espada e a apontando para a nuca mesmo, notando seus cabelos loiros e o brilho das asas negras sob a lua.
- Ele me é familiar - pensa ela, mantendo firmemente a espada em posição de ataque.
O anjo imediatamente se vira, repelindo a espada dela com o cabo da foice e a olhando um pouco surpreso, se preparando pro contra-ataque.
- Rápida...
Ao sentir sua espada ser repelida ela dá um giro pegando velocidade, acertando a foice dele com força na tentativa de retira-la da mão dele, encarando-o nos olhos, notando suas feições, suas aparência e a cor de sangue de seus olhos.
- O que veio fazer aqui anjo negro?! - sem responder o anjo a sua frente põe a mão na testa, numa expressão de dor, fazendo o rosto dele ficar mais agressivo.
- O que eu vim fazer não te interessa...quero saber quem é você e porque me atacou...
- Isso não lhe interessa!
- Então estamos iguais -dá uma leve risada
A mulher dá vários golpes de espada na foice, fazendo altos barulho de metal no metal, tendo todos os ataques defendidos. Ela desiste do ataque de espada, usando-se da força de impacto de seu último golpe para se virar e mirar uma voadora no rosto dele. Notando o pé dela se aproximando, ele o segura, a arremessando para a direção da cobertura do prédio, ao mesmo tempo que típicos chifres de demônio cesciam nas laterais de sua cabeça. soltando logo em seguida a foice e avançando aos socos em direção da mesma.
- Um demônio?! - ela exclama, se defendendo o máximo que pode dos socos, sentindo alguns a acertarem, caindo no chão da cobertura soltando um grito com o impacto que cria um pequeno buraco no mesmo.
- M-merda....
O demônio segura a segura pelos cabelos sem misericórdia, levantando a mulher no ar e dando um chute no estômago dela, fazendo com que ela caia na piscina, ao mesmo tempo que ele manda descargas elétricas pra água, eletrecutando-a.
- Você mexeu com a pessoa errada, coisinha.
A anja aparece atrás dele toda molhada, agarrando-o por trás e devolvendo toda a descarga elétrica que absorveu na piscina, soltando-o e acertando um chute no meio das costas do mesmo, vendo ele bater na parede próxima a eles.
- E quem é você? - ele tira a poeira da roupa e estala os ossos, olhando pro corpo dela com um sorriso maldoso.
- Ela é boa - pensa, olhando pra cada curva do corpo- Não é o certo quem quer saber se apresentar primeiro?
Ela fica em posição de ataque, preparando-se para defender qualquer novo ataque, já ofegante e visivelmente cansada.
- Só depois de saber quem és que pensarei em me apresentar.
- Devil Sagara. - ele desaparece assim que termina de dizer, aparecendo por trás dela e acertando uma cotovelada nas costas, enquanto invoca tentáculos que a prendem por completo, olhando-a com um sorriso maligno no rosto.
- Mas o que é isto?!!! - ela se assusta com os tentáculos, tentando se soltar.
- Não ia me dizer seu nome, pirralha? - dá altas risadas com o susto dela.
Ela materializa láminas nos braços, fatiando os tentáculos em movimentos rábidos, abrindo suas asas negras e se afastando dele rápidamente.
- Meu nome é Sakury... Youko Sakury! - ela desaparece e reaparece na frente dele, acertando um soco no rosto do mesmo.
O demônio deixa ser levado pelo soco, invocando tentáculos que seguram ela pela cintura, pernas e braços, se aproximando dela e segurando o rosto, começando a absorver toda a energia dela através das mãos.
- Me solta! - ela grita, começando a ficar com medo, dando um movimento brusco e mordendo a mão dele, invocando garras e fatiando novamente os tentáculos.
Antes que ela possa se soltar ele já invoca novos, mais fortes e em mais quantidade pra segura-la completamente enquanto ele suga até a última gota da energia dela, olhando pra mesma malignamente.
- Tenho bons planos pra você Sakury... - a cabeça dela cai, extremamente cansada e sem energia, ela apenas consegue olha-lo nos olhos em tom de desafio. - Que... Que planos?
Ele sorri malignamente com o tom de desafio dela, fazendo alguns tentáculos a soltarem.
- Planos excelentes... -ele se aproxima dela, tirando a roupa dela por completo, a deixando nua- Belo corpo...
Ela cora levemente com a exposição, ficando com os olhos completamente vermelhos, perdendo a rubridez e voltando a fatiar os tentaculos com as garras, dando um salto e caindo longe dele.
- Como se atreve a tocar esse corpo, demônio imundo? - a garota mantinha um olhar tão maligno quanto o sorriso dele, mantendo uma cara fechada e suas garras em posição, mostrando-se ser outra pessoa.
Ele ri enquanto olha pra nova pessoa revelada a frente dele.
- Dupla personalidade? Igual a mim.... E aquele fracote que eu tomei o corpo, bem, dane-se - ele acerta uma joelhada na boca do estomago dela, seguido por uma corrente de ataques pesados.
Ela parece mal sentir o chute em seu estomago segurando os ataques dele, aproveitando para arranha-lo entre um ataque e outro.
- Parece que você é tão inútil quanto, demônio.
O demonio sorri calmamente olhando um tentáculo estrategicamente posicionado injetar algo nela, sorrindo ainda mais ao ve-la cair no chão logo depois.
- O que foi que disse? Não te ouvi.
Ela se debate levemente no chão, tentando se levantar, ficando ofegante e encolhida, olhando-o com ódio.
- Um veneno?! Maldito! - ele começa a rir maldosamente, segurando ela com tentáculos e começando a estimular seu corpo, fazendo os tentáculos alisarem o corpo da mulher.
- É um paralizante, assim fica quieta enquanto te estupro.
Com os olhos novamente violetas, ela o olha com raiva, se debatendo de leve, tentando se soltar.
- Me solta! - ignorando totalmente o que ela diz, ele manda os tentáculos começarem a estupra-la, apertando os seios dela e começando a penetra-la.
- Vamos começar - ela dá um grito em um misto de dor e pavor, começando a chorar e tentar se soltar.
- NÃÃÃO! ME SOLTAAAA!
-Seus gritos me excitam - ele rapidamente abaixa as calças e já excitado penetra o membro nela, obrigando-a a fazer oral e anal com os tentáculos. Ela percebe que havia perdido a batalha, parando de se debater, ficando em silencio e apenas lágrimas escorriam pelo seu rosto.
- Eu desisto... -ela comenta mentalmente para si mesma.
Ele olha a expressão vazia no rosto dela e hesita, fazendo os tentáculos pararem e a soltarem, dando passos pra trás, horrorizado.
- E-eu...
Ela olha para ele sem entender, com a saliva escorrendo pelo canto da boca e ofegante.
- Por... que... parou?
Ele se agacha, fazendo os chifres desaparecerem e o rosto voltar a ficar mais inocente, logo apos olha para a menina no chão, soltando um grito de pavor em seguida.
- N-não...eu não acredito... - Sakury o olha atentamente, vendo sua reação enquanto recupera o folêgo - Ele é que nem eu... - ela pensa consigo mesma.
Ele se aproxima, estendendo a mão e fazendo uma luz suave sair dela curando as feridas dela.
- ... - ele a olha, com os olhos à beira de lágrimas. - Ela respira fundo, se sentando no chão e limpando uma lágrima que escorria.
- Malditos instintos puros... - ela volta a pensar consigo - Não imaginava que haveria uma segunda pessoa com segunda personalidade...
- E-eu sou Tatsuuke Sagara... Me perdoe... Se eu fosse forte eu poderia impedir isso...- derrama algumas lágrimas- O Devil tá cada vez mais forte...eu tenho medo que ele destrua minha alma e roube meu corpo.
- E-está tudo bem - ela sorri docemente, voltando a limpar o rosto dele, mantendo a mão parada em sua bochecha, em pouco tempo ele sente o corpo ser envolvido por uma energia calma e pura que cura todas as suas feridas.
Ele cora com o toque dela, colocando sua mão por cima da dela e fechando os olhos, sentindo a magia curar o corpo e a alma do irmão se acalmar dentro de si, dando um suspiro aliviado.
- Você sabe que eu sou o príncipe exilado né?
- Pelo nome... Sim - ela o olha séria, se perguntando o que ele estaria fazendo naquelas redondezas.
- Eu fugi de Dymiant por causa dos assassinos do meu pai... Você é uma assassina? -olha curioso pra Sakury, se perguntando o que ela era.
- Eu sou só uma andarilha - ela sorri sem graça, como se estivesse escondendo alguma coisa.
- Só uma andarilha? O que tá fazendo no mundo humano? - ainda curioso, se pergunta sobre muitas outras coisas - Foi uma magia bem forte de cura essa que usou.
- Eu gosto do mundo humano... É bem mais tranquilo.... Magias de cura são meu forte - volta a sorrir docemente comentando mentalmente - Ele não está caindo...
Os dois continuam a conversar, até que começa a chover e trovejar em toda a cidade, uma chuva átipica pra época, quase uma tempestade.
- Oh-oh... - ele percebe a menina começar a estremesser a cada trovão, se encolhendo cada vez mais.
- V-vamos sair daqui? - mais um trovão e ela dá um gritinho.
- Você tem medo de trovão?
- H-h-h-h-h-ai - ela cora, voltando a se encolher, tremendo.
Ele a pega no colo, abrindo suas asas e indo para um hotel, pagando com o pouco dinheiro que tinha uma diária de um quarto que possúia somente uma cama de casal. Com a chuva piorando e a quantidade de trovões aumentando, ao chegarem no quarto ela se esconde debaixo da coberta, ainda apavorada com a chuva. O som das gotas de chuva batiam na janela e quebravam o silencio que se instalou no lugar. Apenas isso se ouvia além dos trovões que rasgavam o céu de tempos em tempos, iluminando o lugar. Ele a observava a se encolhendo com medo. Sem conseguir dormir, ele se levanta do chão e chega perto da cama, perguntando:
- Sakury, quer que eu durma junto aí? - ela o ignora, preocupada demais com seu medo, agarrando as cobertas em posição fetal. Mesmo sendo ignorado ele sobe na cama e a abraça, tentando amezinar o medo dela o melhor que podia.
Sentindo o calor dele sobre si, ela se aconchega nos braços dele, relaxando um pouco, agarrando a roupa dele com as mãos e encostando a testa no peito dele.
Na janela em que as gotas de chuva batiam, um reflexo de uma mulher idêntica a Sakury os observava atentamente. Ela possuía orelhas de raposa brancas e uma longa cauda branca. Alguns minutos se passam e de longe, um vulto observava os dois, olhando-os e fazendo anotações mesmo debaixo da chuva, depois de alguns minutos ele sai, desaparecendo na noite. Tatsuuke olhava o vulto apreensivo, com uma certa preocupação no rosto, voltando seu olhar para a raposa.
-Então você é a Youko... -ele se vira pro reflexo depois de dar uma última checada no vulto- eu acho que vocês estão correndo perigo.
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