Após os acontecimentos do dia
anterior, os dois se sentiam descansados e alegres enquanto se preparavam para
sair da caverna novamente em rumo ao Reino dos Anjos Negros. Durante o
"ritual" de preparativos, ambos trocavam olhares tímidos, rápidos e
escondidos entre um e outro, sempre atentos a como o outro estava nesse frio do
deserto. Passados alguns momentos, ambos juntaram coragem e voltaram a sua
viagem.
A ventania tinha cessado um
pouco, facilitando a caminhada dos dois, mas a temperatura continuava baixa
fazendo com que os viajantes se agasalhassem bem nas capas de viagem esperando
para sair logo daquele local mortalmente gelado.
- Ne, é impressão minha ou tá
ficando mais frio? - ela o olha, preocupada.
- Devemos estar chegando perto do
fim desse deserto, vamos para as florestas do sudeste, lá deve nevar nessa
época do ano, mas tem comida e água abundante se souber procurar. O problema é
que podemos encontrar criaturas nada amistosas...
- Vamos então, eu sei me
defender. - ela toma a frente, andando rapidamente em direção a floresta.
Eles voltam a caminhar, enquanto
o Tatsuuke dá olhadas tímidas para ela, oferecendo água quando ela cansava e um
pouco de pão quando ela parecia com fome, continuaram o caminho por horas até
ver um rio e uma faixa de árvores ao longe, começando a cair uma pequena
quantidade de neve.
A neve começou a cair aos poucos
na floresta, aumentando sua densidade, caindo friamente por cima dos dois,
tornando o clima cada vez mais gelado.
- Quanto tempo eu não vejo neve -
a garota se deliciava com a textura da camada de neve que se formava no chão.
- E o melhor é que temos muitos
abrigos aqui, vai ser melhor suportar o frio assim.
- Ei Tatsuuke-san! ... Pensa
rápido! - a garota se virara rapidamente para ele lhe atirando uma bola de neve.
Ele recebe um golpe direto no
rosto, ficando com neve espalhada pela cara toda, dando altas risadas enquanto
se preparava para jogar uma bola de neve nela.
- Faz muito tempo que não brinco
disso, esqueci como é divertido – ele ri, atirando a bola na direção dela que
dá um passo pro lado, desviando.
-Há! Não me pega! - logo que ela
termina, recebe uma bola na cara, rindo e jogando varias bolas nele - Duas
seguidas? Não vale!
Os dois anjos continuaram a
brincadeira por algumas horas, até se cansarem, indo procurar abrigo em uma
pequena clareira cheia de gravetos secos que são rapidamente recolhidos e
utilizados para fazer uma fogueira, onde eles se sentam, ficando juntos para se
aquecer, comer um pouco de carne seca e beber um pouco de água levados para a viagem,
se aconchegando um ao outro enquanto riam com a brincadeira que fizeram.
- Faz tanto tempo que eu não
brinco assim - ela comenta, rindo e dando uma mordida na carne.
- Também não me divertia assim
faz tempo, foi bom poder passar esse momento de descontração com você - ele
sorri docemente depois de beber um pouco de água, se aconchegando melhor nela e
ela faz o mesmo.
- Pelo menos hoje não tá tão frio
aqui.
- É... – ele apóia a cabeça no
ombro dela- Eu estou um pouco cansado, quer andar mais um pouco ou parar pra
dormir por aqui?
- Acho melhor ficarmos j-já que
nos ajeitamos por aqui já... - ela cora de leve com a proximidade dele.
Ele começa a se preparar para
montar acampamento, preparando sacos de dormir e limpando um pouco da neve da
clareira, depois voltando a se sentar com ela, olhando para o céu estrelado que
os cercava.
- É lindo não é?
- Nem parece que estava nevando -
ela olha para o céu com os olhos violetas brilhando com a luz das estrelas.
- É... -passa a mão pelas costas
dela, envolvendo-a com o braço.
-T-tá frio né? - ela cora
violentamente, olhando para baixo, completamente sem graça com a ação dele.
- Tá mesmo, mas você é quente, é
bom ficar junto assim porque esse frio vai embora - ele sorri docemente,
acariciando os cabelos dela.
- Você também é quente - ela cora
mais ainda.
- Posso te chamar de Saky? -
sorri - fica um nome fofo.
- Só se eu puder te chamar de
Tats - ela ri, olhando corada para ele.
- Claro que pode – ele cora de
leve, sorrindo.
- Certo então, Tats-chan - ela
volta a rir, sorrindo em seguida.
Depois de conversarem por mais
algumas horas os dois caem no sono, dormindo abraçados no saco de dormir. A
noite estava tranqüila e a neve tinha cessado, fazendo com que o clima ficasse
agradável e ambos dormiram sem problemas.
No dia seguinte o sol brilhava no
horizonte, já era quase de tarde. Os dois haviam dormido demais e a água da
neve que havia derretido invadia a caverna. A Anja que ali dormia com as mãos
na neve derretida, se mexia e falava, sonhando com alguma coisa.
- Hm... Yue... Você tá suado... -
ela solta um ronco, chutando o outro anjo.
Ele acorda assustado com o chute,
olhando pra ela e pra neve derretida, cutucando a mesma e a chamando, tentando
acordá-la
- Hm? -ela o olha com cara de
sono.
- Vamos, dormimos demais Saky,
temos que continuar a nossa caminhada - ele se vira, começando a guardar os
materiais do acampamento.
- Mas... Os ornitorrincos não têm
asas... - (loading...)
- Como é? - olha confuso enquanto
ela volta a se deitar, cobrindo os olhos com os braços.
- Yueee, eu já falei que eu não gosto de acordar
com o sol – ela bufa, caindo no sono novamente.
Ele termina de guardar o
material, levantando e a e a pegando no colo, carregando-a pelo caminho enquanto
ela dormia profundamente.
Como ela pode dormir tanto?"ele
pensa consigo mesmo enquanto caminhava pela floresta que gotejava com o gelo
que derretia, deixando um ambiente úmido e frio, o que levava ele a se molhar
diversas vezes tentando evitar que alguma gota pingasse na companheira.
-Hm... - ela se meche, se
aconchegando no colo dele e abrindo os olhos, curiosa - heeeh?
- Acordou? – ele notara os olhos
da garota o observando, pedindo explicações.
- H-hai - ela cora ao mesmo tempo
em que ele para de caminhar de repente, olhando atento para o seu redor,
ficando extremamente sério.
- Sentiu isso?
- Senti... – o semblante dela
acompanhava o dele.
Ele a coloca no chão, atento ao
ambiente a volta com a visão dificultada pelas árvores e arbustos ainda
cobertos de neve, invocando a foice e sentindo aquela aura sinistra se
aproximar mais rapidamente, vindo de todos os lados enquanto ela se levanta,
invocando uma espada em sua mão, se preparando para o ataque.
Diversos lobos negros pulam dos
arbustos ao redor, avançando violentamente contra os anjos, era um pequeno
grupo de 10 lobos grandes e ágeis, que mordiam e arranhavam os dois em golpes
bem organizados e treinados, fazendo com que os viajantes ficassem na defensiva
e tontos.
- Da onde vêm tantos lobos?!
Ela dá diversos cortes de espada
nos lobos, se defendendo dos arranhões e mordidas, se sentindo cada vez mais
encurralada, andando para trás e encostando as costas nas do outro, enquanto os
dois se defendiam.
Tatsuuke aproveita a retaguarda
segura e corta um dos lobos com a foice, ferindo-o mortalmente e fazendo um segundo
lobo recuar devagar enquanto a garota cria diversos cristais de gelo,
assoprando-os e acertando-os em uma grande quantidade de lobos, fazendo outros
recuarem.
Os lobos ouvem um apito, saindo
correndo e voltando para a mata ao mesmo tempo em que um homem de cabelos
grisalhos surge na trilha, trajando uma armadura negra e uma grande espada de
duas mãos nas costas, andando silenciosamente na direção deles com um imenso
lobo negro caminhando do lado.
Sakury fica em posição de ataque,
olhando a figura imponente a sua frente, sentindo uma forte energia emanando
dele, tremendo levemente de nervosismo.
Tatsuuke olha incrédulo, suando
frio com a presença daquele homem.
- Não pode ser... Fenrir... - o
homem de armadura negra olha para os dois.
- Eu não gosto de fazer isso com
alguém que eu considero meu neto... Mas as ordens do rei são absolutas...
Tatsuuke Sagara, por decreto real você está sentenciado à execução. E eu tenho
ordens para te matar imediatamente - ele lança um olhar frio para os dois- e
qualquer um que tente obstruir.
"Fenrir é?..." Ela olha
o homem, entrando na frente do companheiro.
- Peraí senhor general. Tatsuuke
está sobre minha custódia. Mesmo sendo quem é você, não há nenhuma lei entre os
reinos que lhe permita encostar-lo, ao menos que eu deixe!
- As ordens do rei são absolutas,
então eu matarei você primeiro - ele dá um sinal para o lobo partir para cima
do anjo enquanto saca a espada e a ataca ferozmente.
Ela transforma a espada em uma
foice, partindo para cima do outro, confiante, abrindo suas asas negras e
voando rapidamente para ele, usando disso como impulso.
Ele a golpeia rapidamente com a
bainha da espada, usando a velocidade do impulso dela como arma para machucá-la
mais, enquanto o Tatsuuke se ocupa lutando contra o lobo bem treinado e ágil
dele.
O lobo o ataca rapidamente com
mordidas em pontos estratégicos pulando para trás ao final de cada ataque,
aumentando a ferida. Usando a cauda como impulso para ir cada vez mais rápido,
desviando dos ataques do outro enquanto a garota cria dá um grito de dor com o
ataque do general, subindo em cima da bainha, correndo por cima dela, pisando
na cara do general, dando um pulo e caindo atrás dele, dando uma rasteira.
Fenrir apenas se levanta,
atacando-a impiedosamente com a espada, forçando-a ficar na defensiva,
desarmando-a com um golpe forte e preciso e terminando a série de ataques dando
um chute no estomago dela, fazendo com que bata em uma árvore, fazendo água e
neve caírem com o impacto.
- Ugh... Ele é forte... - debaixo
da montanha de neve ela recuperava seu fôlego, pensando em uma estratégia para
derrotá-lo.
O homem a chuta no meio do monte
de neve e a segura pela roupa, arremessando-a no chão com força e descendo com
a espada na direção da cabeça dela ao mesmo tempo em que ela desaparece e reaparece
atrás dele com uma foice na mão. Fatiando-lhe as costas.
- Morra!
A armadura negra absorve
totalmente o golpe, nem ao menos recebendo um arranhão, dando tempo de ele dar
uma cotovelada nela.
- Esse seus truquezinhos não vão
funcionar comigo, anja branca.
Ela dá uma cambalhota para trás,
pousando longe dele fazendo as unhas crescerem.
- Então acertemos onde não tem
armadura! - ela desaparece e re-aparece na frente dele dando vários arranhões
na barriga e coxas do mesmo.
Ele intercepta todos os ataques
dela, segurando-a pelo pescoço e apertando sem misericórdia.
- Você tem noção do poder de um
general do reino negro, logo você que é a rainha dos anjos brancos...
Ela se debate, segurando as mãos
dele, fincando as unhas e rindo.
- E como general você sabe a
vergonha que seria para o meu povo se eu fugisse...
Enquanto eles lutavam Tatsuuke
estava em uma luta acirrada com o lobo, ambos estavam feridos e ofegantes,
observando atentamente os movimentos um do outro e se atacando, até que em um
movimento rápido e de invocação de arma ele consegue cravar uma espada no
coração do animal,jogando-o para o lado e rapidamente foi atrás dos outros dois
que estavam lutando, ignorando os arranhões e mordidas pelo corpo.
Percebendo que o general desviou
sua atenção para o anjo a anja solta uma descarga elétrica nas mãos dele,
saltando para longe.
- Tats não se meta!
Ele rapidamente se recupera,
chutando-a e prensando-a no chão.
- "Tats"? Andou ficando
bem íntima do príncipe, hein?
Ela invoca uma espada que cresce,
encostando-se no pescoço dele, fazendo algumas gotas de sangue pingar nela.
- Não quero perder tempo
chamando-o pelo nome inteiro.
Sem perder tempo ele a chuta
novamente e aparece atrás dela, dando uma joelhada nas duas costas, abrindo as
asas e arremessando-a no ar, voando até a mesma e jogando-a no chão com
velocidade máxima, fazendo um barulho alto de estalo, mesmo com a neve do chão
amortecendo um pouco. Tatsuuke corre até ela, extremamente preocupado.
- Saky! - ele coloca a cabeça
dela no colo, passando a mão no rosto gentilmente - nós precisamos ir juntos
nele.
- N-não... - ela o olha,
segurando os gemidos de dor e respirando com dificuldade. - E-essa luta é
minha...
- Eu não quero que você morra
nessa luta... Vamos nós dois juntos... Por favor... - ele implorava, enquanto
Fenrir pousava, caminhando na direção deles friamente.
- Que honra como rainha eu vou
ter por ter que receber ajuda para ir contra o primeiro que aparece?! - ela se
levanta com dificuldade - Eu não vou morrer, já morri de formas piores que
essa.
- Ele não está aqui pra você –
ele a abraça por trás- Eu não quero que ninguém mais morra por minha causa, por
favor... Essa luta... Ela não é sua...
- Infelizmente... A partir do
momento que falei que você está sob minha custódia, isso se tornou problema do
reino... - "eu não deveria ter falado isso..."
- Mas a luta também é minha, eu
sou o príncipe desse reino e esse general está indo contra mim, eu tenho que
fazer algo também...
- Mas eu decidi que ia te
proteger... Não importa como... - ela invoca a espada novamente.
- Eu vou ficar bem... - ele põe a
mão sobre a dela, sorrindo- só tem que confiar em mim.
- HEH? - ela se assusta com a
ação dele, o olhando corada - não faça isso!
- Tats, você vai pela frente e eu
por trás, certo? - ela falara com ele telepaticamente.
Ele se assusta com a telepatia,
assentindo com ela sutilmente e sacando a foice, avançando na direção do
Fenrir, encaixando a foice dele com a espada, tentando quebrar a defesa do
general
- Agora!
A garota aparece por trás do
general aproveitando sua distração com o anjo, acertando-o uma enorme bola de
energia congelante.
Os dois então usam magias de fogo
e trovão para explodir a área onde ele se encontrava, quebrando pedaços da
armadura e ferindo o general, que cai de joelhos no chão
-ISSO! - ela comemora pelo ataque
em conjunto ter dado certo.
O general abaixa a cabeça,
olhando para os pés dos dois.
- Muito bem, podem me matar...
- Não iremos te matar... – a
garota se aproximara.
- Como?
- Fenrir, eu não posso te
matar... - Tatsuuke o olha triste.
- Nem eu... Seu coração é puro...
Se eu matar alguém que não merece eu arranjo problemas com as pessoas lá em
cima - Sakury para do lado dele, ofegante.
Ele se levanta, olhando para os
dois e fazendo uma reverencia
- O coração de vocês é nobre,
tenho certeza de que se vocês se casarem virarão ótimos governantes - ele dá
uma pequena pausa, suspirando- Eu sei que vão conseguir impedir o Shinjiro... Boa
sorte...
- HEEEEEH?! Casar?! - a anja cora
violentamente.
- C-como assim casar?! – o
companheiro cora igualmente.
Fenrir ri com a inocência dos
dois, com a esperança de que talvez os tempos fossem mudar e a paz fosse restabelecida
depois de tantos anos. "É talvez eu esteja realmente ficando velho"
ele pensa consigo mesmo, enquanto voava de volta para o castelo.
- Casar com um anjo de dupla
personalidade?! Tenha dó né? - ela se afasta, voltando a andar em direção à
capital, olhando para baixo - além do que eu tenho noivo...
- Saky – Tatsuuke segura a mão
dela.
- Hm? - ela se vira para ele.
- Você tá ferida, vamos tratar
logo isso antes que infeccione – ele a leva até um pequeno riacho - você
precisa limpar isso... Eu vou procurar
algumas ervas curativa enquanto isso tá?
Ela o olha se afastar, alisando
as roupas rasgadas da batalha e seus ferimentos, gemendo de dor enquanto tira
as roupas e entra no riacho.
- Aquele maldito me quebrou
algumas costelas... - ela bufa, tirando o sangue do corpo.
Ele volta pouco tempo depois, com
diversas ervas em suas mãos, sentando-se à beira do riacho e usando uma panela
que ele carregava para misturá-las, fazendo uma pasta verde.
- Eca... Mas isso é bom pra
cicatrizar... – a garota nota que ele voltou
- Que cheiro ruim... - ela o olha
do meio do riacho.
- Posso tomar banho também? – ele
olhava para o riacho com vontade, sentia que precisava de um banho para tirar
todo aquele sangue.
- P-pode - ela cora, voltando a
se limpar
Ele tira a roupa lentamente,
gemendo de dor na hora de descolar as partes com arranhados e mordidas da roupa
e entrando no rio devagar
- Bem melhor...
Ela o olha sutilmente, notando
seu corpo e corando ao perceber o que está fazendo, voltando a se limpar.
Ele olha para as costas dela,
vendo as cicatrizes e desce os olhos pelo corpo, corando também ao notar o que
estava fazendo e voltando se lavar, olhando para a imensa cicatriz no próprio
peito.
- Que água friaaaa... - ela
estava com o cabelo todo molhado, mostrando que havia mergulhado.
Ele volta a olhar para ela,
"ela fica linda assim..." pensa enquanto se lava devagar, hipnotizado
pelo corpo dela. Pouco tempo depois ela sente o olhar dele sobre si, o olhando.
- Pervetido...
- Heh!? N-não é nada disso! – ele
cora violentamente, desviando o olhar- e-eu só fui ver se estava muito
machucada, só isso.
- Tch... - ela sai do riacho,
pegando uma capa de viagem dele, se vestindo com ela e passando a lavar as
roupas sujas dela e dele.
- Heh? Não precisa lavar minhas
roupas! Não quero dar trabalho!
- Mais trabalho do que você já me
deu e vai dar é impossível... - ela o olha em tom de sarcasmo.
"Ai, essa doeu" Ele
choraminga baixo, voltando a se lavar, de cabeça baixa, saindo do riacho e
vestindo a calça, passando o extrato de ervas no corpo.
- Né, você não alcança alguns
lugares... - terminando de estender a roupa ela pega um pouco do extrato,
passando nas costas dele.
Ele cora com o toque dela,
fechando os olhos e sentindo as ervas amenizarem a dor, sorrindo à medida que
ela vai terminando de esfregar, passando nas costas dela quando ela termina de
passar nele.
- A sensação é gostosa...
- É... e foi bom que o frio
passou completamente, aquela neve deve ter sido proposital
- Poisé... - ela cobria as partes
da frente com a capa, levemente corada.
Ele se levanta, começando a
aquecer as roupas usando uma magia fraca de fogo, eles se vestem assim que ela
é seca, marchando mais rápido até chegarem a uma árvore gigantesca no coração
da floresta.
- A gente pode se abrigar nas
"cavernas" que a raiz forma.
A árvore era imensa, cheia de
galhos e com alguns restos de casas localizadas entre os mesmos.
Ela nota uma caverna bem
protegida, pegando-o pela mão e puxando para dentro da mesma.
- Gostei daqui - ele fica
abraçado a ela, apertado naquele local.
- É um pouco pequeno
- Mas é bem protegido de qualquer
coisa - ela olha para ele - Mas se quiser podemos ir para outro lugar.
Ele faz um sinal negativo com a
cabeça, abraçando-a mais carinhosamente e fechando os olhos ao mesmo tempo em
que ela cora, encostando a cabeça no ombro dele e também fechando os olhos.
Um rosto maligno observa os dois
dormindo, flutuando no ar.
- Vamos ver até quando esse
joguinho vai continuar. Amanhã os dois morrem - dá uma risada maldosa.
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